O ex-vice presidente da Câmara Municipal do Porto e professor de matemática, Paulo Morais, deslocou-se no passado dia 22 de Abril à Universidade Fernando Pessoa para que os alunos do 3º ano do curso de Ciências da Comunicação o entrevistassem no âmbito da polémica por ele levantada sobre eventuais pressões de partidos, governos e construtores civis, com vista ao licenciamento de obras.
Paulo Morais começa por explicar o que é o sector de urbanismo afirmando que “é um sector que deveria planear o território em função de um interesse colectivo, ou seja deve-se fazer um plano denominado plano de director municipal que diz como deve ser estruturada a terra, o terreno na localidade ou no conselho e depois em função desse deve prosseguir o interesse colectivo de forma a licenciar ou autorizar construções que cumpram o mesmo, havendo assim uma fiscalização que garanta que este está a ser cumprido e que as licenças estão a ser respeitadas.” Afirma ainda que na realidade não é isto que se passa pois “em vês de ser feito um plano em função do interesse colectivo normalmente é feito em função do interesse de quem manda nos poderes das próprias câmaras, ou seja, sempre que é feito um plano de director municipal o que há ali é uma bolsa de valores em funcionamento e onde quem tem capacidade de influenciar as câmaras consegue valorizar os seus terrenos quem não tem não consegue.”
O professor de matemática compara este negócio de planeamento de território ao negócio da droga citando que “este negócio apresenta uma margem de lucro que ronda os 3, 4 mil porcento. Este negócio só existe em Portugal neste sector do urbanismo e noutro que é o da droga sendo que no urbanismo ainda é pior porque depois dá-se uma capa de legalidade e parece que está tudo bem.”
Para o entrevistado a lei da corrupção no nosso pais está muito mal elaborada na medida em que é um crime muito específico e onde se tem de provar quem corrompe, quem é o corrompido, qual é o despacho que dá origem ao beneficio, a prova do beneficio e o método de causalidade tornando-se assim “impossível de provar o crime na medida em que o corrupto e o que é corrompido estão no mesmo barco e obviamente não vão os dois a tribunal dizer que realizaram este crime.”
Para encerrar o tema da corrupção, Paulo Morais diz que é este crime que está a destruir a democracia em Portugal “na medida em que muitos dos eleitos não estão lá para cumprir a vontade do povo mas sim de quem os financia.”
Questionado sobre a crise do PSD e sobre que candidato apoiaria o ex-vice presidente da Câmara do Porto afirma que apoiará aquele que julgue ser mais estratégico para a liderança do Partido e afirma que não apoiará a Doutora Manuela Ferreira Leite porque “ neste momento não há uma marca distintiva entre o que é o PS e o PSD e porque se a Doutora Manuela Ferreira Leite fosse primeiro-ministro ela faria exactamente o que está a fazer o engenheiro José Sócrates. Com a sua visão de economista e contabilista, com a sua visão orçamentalista de grandes preocupações com o orçamento de estado, eventualmente iria aumentar os impostos. Eu apoiaria o Doutor Miguel Cadilhe devido ao seu percurso político e porque foi a pessoa que nos últimos 20 anos estruturou melhor as finanças portuguesas.”
Esta entrevista para além de um sucesso, foi realizada no âmbito da disciplina de Gramática e Laboratório de comunicação VI leccionada pela professora Rosa Sampaio.
O professor de matemática compara este negócio de planeamento de território ao negócio da droga citando que “este negócio apresenta uma margem de lucro que ronda os 3, 4 mil porcento. Este negócio só existe em Portugal neste sector do urbanismo e noutro que é o da droga sendo que no urbanismo ainda é pior porque depois dá-se uma capa de legalidade e parece que está tudo bem.”
Para o entrevistado a lei da corrupção no nosso pais está muito mal elaborada na medida em que é um crime muito específico e onde se tem de provar quem corrompe, quem é o corrompido, qual é o despacho que dá origem ao beneficio, a prova do beneficio e o método de causalidade tornando-se assim “impossível de provar o crime na medida em que o corrupto e o que é corrompido estão no mesmo barco e obviamente não vão os dois a tribunal dizer que realizaram este crime.”
Para encerrar o tema da corrupção, Paulo Morais diz que é este crime que está a destruir a democracia em Portugal “na medida em que muitos dos eleitos não estão lá para cumprir a vontade do povo mas sim de quem os financia.”
Questionado sobre a crise do PSD e sobre que candidato apoiaria o ex-vice presidente da Câmara do Porto afirma que apoiará aquele que julgue ser mais estratégico para a liderança do Partido e afirma que não apoiará a Doutora Manuela Ferreira Leite porque “ neste momento não há uma marca distintiva entre o que é o PS e o PSD e porque se a Doutora Manuela Ferreira Leite fosse primeiro-ministro ela faria exactamente o que está a fazer o engenheiro José Sócrates. Com a sua visão de economista e contabilista, com a sua visão orçamentalista de grandes preocupações com o orçamento de estado, eventualmente iria aumentar os impostos. Eu apoiaria o Doutor Miguel Cadilhe devido ao seu percurso político e porque foi a pessoa que nos últimos 20 anos estruturou melhor as finanças portuguesas.”
Esta entrevista para além de um sucesso, foi realizada no âmbito da disciplina de Gramática e Laboratório de comunicação VI leccionada pela professora Rosa Sampaio.
Um comentário:
Parabens, pelo seu artigo.
Decerto haverá ainda muito que nunca será dito sobre este assunto.
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